21 dezembro 2006

A homossexualidade analisada pela ótica de uma pessoa espírita. - Dra Giselle Fachetti

Tenho uma postura que pode chocar alguns. Sou favorável ao contrato civil de união entre pessoas do mesmo sexo. Procurarei justificar minha posição nas linhas abaixo.

Com a lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo uma união longa e estável de um "casal" homossexual seria reconhecida como uma sociedade civil gerando direitos legais tais como plano de saúde, pensão, herança... Isso não propicia e nem promove uma possível perversão, mas reconhece uma situação que existe de fato.

Todos sofremos quando assistimos cenas de discriminação em relação ás minorias. Temos horror daqueles que se julgam superiores a seus empregados e por isso precisam de um elevador exclusivo. Não entendo como estes seres superiores comem a comida preparada por pessoas com a qual não podem nem sequer dividir um elevador sob o risco de subversão da hierarquia social.

Quando nos defrontamos com uma cena de discriminação racial somos tomados de uma fúria politicamente correta. A mesma fúria se torna verde quando imaginamos a crueldade com animais para o simples prazer de se obter o mais belo casaco de peles ou para garantir que uma determinada maquiagem não é tóxica para o olho humano.

Só que não são apenas essas as cruéis discriminações que presenciamos em nossa sociedade. Discriminamos o feio, o magérrimo, o gordo. Discriminamos o pobre e o ignorante. Aceitamos apenas os nossos semelhantes. Aqueles que nos representem em uma espécie de espelho mágico dos seletos.

Proteger os animais e a mulheres são guerras “fashion”, chiques. Esta postura nos faz aceitos nas altas rodas. Se defendermos a união civil entre homossexuais em um ambiente que se diz familiar, seremos taxados de perversores da sexualidade humana, de desencaminhadores de indecisos.

Ora, ninguém passa a desejar fisicamente pessoas do mesmo sexo por imposição. O desejo sexual pode até ser reprimido em sua intensidade ou oportunidade. Agora, modificar sua qualificação, modificar a natureza do objeto que desperta esse desejo, isso não é uma possibilidade sujeita à simples vontade e decisão. O gosto pessoal é fruto de uma característica íntima, transcendente e intensa.

As pessoas não optam por serem homossexuais, elas o são. Nascem assim.

Imaginem um de nós que fosse fruto de um inusitado transplante total de corpo, uma experiência fantástica da ciência do faz de conta, e que acordasse em uma manhã qualquer, em um corpo do sexo oposto ao que utilizava. Nesta circunstância, estaríamos ainda impregnados de vivas impressões do corpo anterior e não seríamos capazes de mudar nosso foco de desejo sexual. Esta situação implicaria em uma transição instantânea, o que é um grande desafio. Portanto, seríamos, sim, de uma hora para outra, homossexuais.

Se, temos a nossa identificação sexual atual tão forte e nos gabamos disso, como se fosse um mérito, o que aconteceria se reencarnássemos em um corpo do sexo oposto? Certamente seríamos homossexuais. Quem garante que não passaremos por uma experiência assim um dia?

Ah! Diriam os pseudotolerantes:

- Isso não acontece, pois a homossexualidade se trata de punição “cármica” para quem usou mal a sexualidade em vidas pretéritas.

E quem usou mal do amor fraternal que deveria distribuir e discriminou seus irmãos homossexuais? Será que para correção desse equívoco, a experiência em um corpo discrepante em relação á sua identificação sexual atual, não propiciaria uma ótima oportunidade?

Se retirarmos do pool de dores morais que os homossexuais sofrem aquelas oriundas de nossa intolerância, estaremos exercendo a caridade cristã que permitirá que, eles, ao carregarem uma carga menor, consigam chegar mais longe.

A homossexualidade é descrita por Freud como conseqüência de uma identificação sexual inadequada por ausência da figura paterna ou por essa figura, se presente, ser fraca, dominada ou inexpressiva.

Mas nem sempre essa premissa está presente. Uma família com características predisponentes á construção de personalidades homossexuais pode assistir ao crescimento de crianças que se tornem adultos heterossexuais. Na realidade isso é o que acontece na maioria das vezes.

Temos, portanto, um componente ambiental, um emocional, um biológico e um espiritual envolvidos no complexo desenvolvimento de uma personalidade homossexual. Não acredito que se trate sempre de obsessão como querem muitos dos pseudotolerantes.

A obsessão só explica o aprofundamento de características já presentes nos indivíduos, ainda que latentes. Não é por sintonia que os obsessores agem? Nenhum obsessor é capaz de fazer uma mulher desejar outra, a não ser que ela já tenha, em si, trazido a tendência homossexual, o que abre as portas para obsessores afins. Existem obsessores de todos os matizes, conforme o número de seres humanos diferentes entre si.

A questão espiritual é importante nesta problemática. Um espírito ainda bastante identificado com as qualidades femininas vivendo em um copo masculino e vice-versa.

Outra forma de pseudotolerância é quando taxamos todos homossexuais de ex-perversos. Ou seja, estão colhendo os frutos de uma sexualidade transviada em encarnações anteriores. Sabemos que isto pode acontecer, em alguns casos, mas, se generalizamos, estamos construindo a estrutura básica dos preconceitos.

O que eu acredito que explica de forma mais fiel a situação é uma identificação intensa do espírito com o gênero sexual em que viveu na terra por muitas oportunidades, em geral seqüenciais. Em um determinado momento deve ser feita a transição para um corpo do sexo oposto com objetivo de possibilitar àquele espírito aprendizados mais próprios do outro gênero.

Quando o espírito já alcançou um grau de desmaterialização maior, ele consegue viver sua sexualidade conforme o corpo que recebe. Vemos muitos homens femininos e mulheres masculinas que não são homossexuais.

Se ainda está muito ligado ás experiências anteriores mantém o padrão que apresentava nestas outras oportunidades. Ele se sente prisioneiro em um corpo inadequado, estranho, impróprio.

Muitos de nós que nos vangloriamos de sermos “machos” ou “fêmeas” exemplares viveremos experiências semelhantes, no momento em que a transição se fizer compulsória.

Alguns homossexuais são verdadeiros missionários, enviados á terra para lutarem contra os preconceitos e para dignificarem seus irmãos homossexuais que ainda encontram-se perdidos na promiscuidade sexual. Muitas vezes isso se deve às intensas e profundas distorções de auto-imagem e auto-estima que a interação com uma comunidade preconceituosa geram.

Quando aceitamos o homossexual com a condição de que ele não pratique sua opção sexual, os estamos condenando á solidão. Quais de nós abriria mão de sua vida sexual de forma definitiva, no grau de evolução em que nos encontramos atualmente, em função de uma tese? Ou de um dogma? Apenas alguns ....

Qual o prejuízo que essa prática gera a sociedade?

É claro que não estamos falando de promiscuidade. Alguns homossexuais são promíscuos, e isso é um erro. Ser homossexual e praticar a relação homossexual com parceiros selecionados e de forma segura não pode ser considerado um pecado. É uma prática condizente com as necessidades físicas do ser humano.

O heterossexual promíscuo está errado, a mulher casada que mantém relação sexual com seu marido em troca de benefícios financeiros é prostituta. O heterossexual desleal também está em pecado. Se alguém assumiu um compromisso com um determinado parceiro e foge ao compromisso de forma desonesta, ele peca.

Trair não é um ato físico. Trair é descumprir um acordo. Se um casal hetero ou homossexual não respeita um acordo consensual feito previamente, eles estão sendo desleais e anticristãos. Se existe uma situação nova que impede o cumprimento do acordo inicial, este deve ser revisto de forma clara e até desfeito, se for o caso.

O ideal é que tenhamos um único parceiro em toda a nossa vida. Se tivermos a benção e a sabedoria de acharmos um par compatível com nossas expectativas e possibilidades podemos viver essa situação ideal. Só que neste mundo ela ainda é rara.

Estaremos todos em um grau maior de aproximação com a Divindade no momento em que tivermos a condição de praticar o que a Bíblia propõe, em termos de sexualidade, de forma natural, automática, plena.

Pessoas que tiveram inúmeros parceiros sexuais são aquelas que ainda não acertaram em sua busca. Ninguém tem o direito de tirar as esperanças de um irmão sedento de felicidade. É claro que a medida em que evoluímos, a nossa felicidade passa a depender mais de nós mesmos do que do objeto de nossa afeição ou de conquistas materiais. Mas ainda estamos na terra e não no paraíso.

Se ainda somos dominados por impulsos animais e estes serão vencidos por nossa evolução, creio que o processo, para ser bem sucedido envolve um caminhar conjunto e solidário.

Sem dúvida, quando eu me identificar menos com as necessidades materiais talvez eu possa entender a possibilidade de sublimação do desejo sexual de forma não perniciosa. Por enquanto, quando penso nisso, lembro-me dos pedófilos escondidos em uniformes respeitáveis.

A franqueza será sempre mais saudável que a dissimulação. Melhor um homossexual assumido do que um pseudo-sublimado corruptor e ocultado atrás de uma respeitabilidade fictícia.

Sei que um dia eu serei vencedora na luta pela perfeição, não sei se chegarei lá antes ou depois dos homossexuais que conheço. Mas isso não faz diferença....Estamos caminhando e é o que importa.

Amarmos ao próximo como a nós mesmos significa aceitar as opções e características individuais. Não exigir de ninguém o que não seríamos capazes de fazer. Quem de nós é capaz de abrir mão de sua vida sexual? Quem é livre do pecado e tem condição de atirar a primeira pedra?

Giselle Fachetti Machado. Médica ginecologista e obstetra

Homossexualidade - Hélcio José

O tema realmente é muito polêmico e não existem conclusões definitivas a respeito. Entretanto, valem algumas considerações.

Em todo tema tratado por religiosos ou não, o que mais se deve observar é a fonte. Devemos estar atentos para saber se quem está falando sobre o tema verdadeiramente o conhece bem. Interessante observar que os cientistas nazistas falavam com muita propriedade “científica” sobre a “inferioridade” das outras raças. Ou seja, o que eu quero dizer é que toda ciência, filosofia ou doutrina pode errar ou acertar. O tempo nos prova isso o tempo todo.

Apesar disso, sempre acreditei que maior autenticidade é dada a um assunto quando dito por quem vivenciou a situação. Ou seja, ninguém melhor para falar de escravidão que um negro instruído à época do século XVII. Ninguém melhor para falar de Holocausto que um judeu consciente à época da ditadura alemã. Portanto, ninguém melhor para falar de homossexualidade que um homossexual dedicado à ciência ou a outras correntes elucidativas. O problema, no decorrer da história, é que os grandes cientistas homossexuais escondiam sua condição, não falando seus entendimentos e esclarecimentos a respeito. Não estou desmerecendo os cientistas e teóricos sinceros desprovidos de preconceitos, os quais, mesmo não sendo homossexuais, buscam verdadeiramente respostas para suas indagações. A esses eu endereço minha sincera gratidão e admiração. Muitos assim têm contribuído significativamente para a humanidade.

De uma coisa eu sei: ter consciência de ter nascido homossexual é o mesmo que ter consciência de ter nascido negro, amarelo ou qualquer outra diferença marcante. A criatura homoafetiva sabe, desde o princípio, que é diferente.

Faço distinção entre HOMOAFETIVO e “pessoas com problemas na área da sexualidade”. O primeiro já nasce assim. O segundo pode retomar sua condição por livre-arbítrio. O problema é que ninguém esclareceu isso até hoje. No livro “O preço de ser diferente” (Mônica de Castro, pelo espírito Leonel) isso fica claro, mostrando Romero como criatura homoafetiva e Júnior como um ser “com problemas na área da sexualidade”. O homoafetivo não tem problemas na área da sexualidade. Seus problemas são com a sociedade e com os preconceitos. O homoafetivo geralmente não tem problemas de aceitação, e sua única preocupação é encontrar alguém para viver em paz, em companheirismo, de preferência para o resto de sua vida. São em sua maioria monogâmicos e afetuosos, e seus corpos funcionam perfeitamente (tanto para homens como para mulheres). A diferença reside apenas no fato de que desenvolverão AFETO e libido por outra pessoa do mesmo sexo.

É aí que está o ponto da questão. As pessoas confundem, aliás, todo mundo confunde, essas duas categorias. Uma coisa são pessoas “com problemas na área da sexualidade”. Outra coisa são pessoas homoafetivas. Costuma-se, por preconceito e ignorância, associar as duas coisas, como se fossem uma. A homossexualidade faz parte do processo evolutivo, e é, inclusive, decidida entes do reencarne. Na condição de homossexual a pessoa passa a compreender uma série de coisas que antes não compreendia, e a valorizar aspectos da vida que precisavam ser desenvolvidos. Assim, por exemplo, um cafajeste bem masculino, poderá voltar na condição de homossexual para desenvolver o respeito pela monogamia, o respeito pelo outro, a valorização de uma vida a dois, pois encontrar alguém para viver em paz é muito mais difícil para um homossexual que para um heterossexual. Nessa condição de dificuldade de encontrar parceiro e reciprocidade de afeto, amargando solidão e carência afetiva durante sua adolescência e juventude, o ser antes cafajeste passará a valorizar sobremaneira os valores que lhe faltavam. Claro, isso é só uma das causas. Existem inúmeras. Há os que optam (e essa opção só existe antes do reencarne) para assim renascer apenas para “passar pela experiência”, assim como muitos optam por renascer negros na época da escravidão, visando aprendizado no processo evolutivo. São várias causas e eu ainda espero ter a oportunidade, futuramente, de escrever um livro-sinópse sobre as mais importantes.

Agora outra coisa, totalmente diferente, são pessoas em situação de distúrbios de ordem sexual. Esses podem ser tanto heteros quanto homossexuais. São pessoas nas quais os valores do sexo, e somente do sexo, predominam. Não desenvolvem afeto por ninguém, nem pelo mesmo sexo, nem pelo sexo oposto. E para a espiritualidade o que vale é o AMOR, pouco importando se esse amor existe entre iguais ou entre diferentes. Portanto, as pessoas “com problemas na sexualidade”, tanto heteros quanto homossexuais, tendem à promiscuidade, à afronta à sociedade, à desarmonia, ao desrespeito com o sentimento do outro, ao egoísmo, ao prazer pelo prazer. É preciso separar as coisas para melhor esclarecer e para melhor entendimento.

Grande Abraço,

Hélcio José

07 dezembro 2006

Homossexualismo - Dr. Ivan Hervé

Será um problema biológico ou psicológico? Será uma doença ou livre opção?
Na realidade, embora extensa literatura exista, defendendo os mais diferentes pontos de vista, não ha resposta satisfatória.
Assim, freudistas optam pela etiologia psicológica. Mas Simon LeVay, do Instituto Salk (EUA), defende a etiologia orgânica (hipotálamo).Outros buscam o gen gay.E assim por diante.
Atualmente, poucos acreditam na teoria da doença, mas as religiões, de um modo geral, citando seus livros sagrados, insistem em condenar o homossexualismo. Verdade é que, as de origem judaico-cristãs e islâmica, são as mais severas.
Entre as escolas espiritualistas,sempre tolerantes e procurando entende-lo, existem alguns estudos, inclusive psicografados, mas longe estão de conclusões definitivas.
Do ponto de vista histórico, não sabemos quando surgiu,mas desde que a escrita existe (3000 a 4000 anos A.C.),tem sido mencionado,geralmente combatido, mas,em muitas sociedades,tolerado ou até mesmo incentivado.Mas esteve e esta presente, desde então,em todas as civilizações conhecidas.
Sabido é que,na fase mais gloriosa da civilização grega, era abertamente praticado, aceito e até mesmo incentivado,em algumas cidades-estados,para fins de controle de natalidade.
Os maias não só aceitavam o homossexualismo entre adolescentes,como o incentivavam,para evitar contato com moças, as quais deveriam casar virgens.Entre homens adultos, conviviam bem com aqueles que permaneciam homossexuais.
Os astecas e incas repudiavam a homossexualidade.
Resumindo, podemos dizer que a homossexualidade esteve e esta presente em todas as civilizações conhecidas, com variável grau de aceitação.Provavelmente, o repudio maior ocorreu, e ainda ocorre, nas sociedades judaico-cristãs e islâmica Basta referir que os inquisidores a denominavam de “crime nefando” e seus praticantes eram condenados à morte.Até brasileiros foram atingidos,sendo de recordar que o homossexualismo estava presente nas tribos recém descobertas, como descreve Mário Maestri (Os senhores do litoral).
Mesmo entre os europeus,embora presente a Inquisição,existia,como o prova a acusação feita,pela Igreja,aos templários,os quais viveriam em “casais”.Alias, na Grécia Clássica,a guarda sagrada tebana,era formada de “casais”,lutando até a morte,na batalha de Queronéia.
As descrições existentes referem-se,habitualmente,ao homossexualismo masculino.Isso não quer dizer que o feminino não tenha existido.Sempre esteve presente, embora pouco referido.Basta dizer que o termo lesbianismo vem de Lesbos,ilha grega, séde da escola de Safo (sec. 6º AC.) poetisa ilustre,freqüentada só por mulheres,onde a pratica sexual era comum entre elas.É de referir que autores existem que afirmam que, na Grécia Clássica,o lesbianismo era freqüente, pois os homens pouco procuravam suas esposas.Quando o faziam era para procriar.
É de recordar que,métodos de contracepção,embora ineficientes,vem sendo tentados ha milênios.Portanto não é de estranhar que,em muitas sociedades,o coito anal fosse freqüente na pratica heterossexual.
A Historia demonstra que, no decorrer dos milênios, o sexo, como foi descrito, tem sido praticado de diversas maneiras, tornando constante a presença do homossexualismo, por exemplo.
A extensa literatura existente,destacando-se,no Brasil,as contribuições de André Luiz, Luiz Sérgio,Patrícia e Saraceni,demonstra que os desencarnados mantém seus hábitos e costumes,sendo atraídos para os grupos do mesmo teor vibratório, habitando cidade ou locais comandados por espíritos do mesmo nível,porem com espírito de liderança.
Verdade é que poderão objetar que Allan Kardec,em nenhum momento descreveu as cidades e ambientes espirituais como fazem os autores acima citados.
Kardec, ante as condições reinantes na sociedade da época, muitas vezes esboçou quadros que, lidos com atenção, correspondem aos que André Luiz e outros, mostram nos dias atuais.
No “O Livro dos Espíritos”,as respostas dadas às perguntas 800,801 e 802,demonstram que são necessárias muitas gerações para apagarem velhos hábitos.Isso significa que,nos períodos em que passou desencarnado,muitas vezes,o espírito não se modificou.Portanto,conviveu em locais que permitiram manter seus hábitos e costumes. Mesmo freqüentando ambientes melhores,não esqueceu que,na carne, pode retomar antigas vivências.
Até o surgimento da técnica do desdobramento espiritual,o mundo astral, era descrito por médiuns videntes,viajantes astrais e obras psicografadas.Isso desde os xamãs. No Brasil,a partir de Francisco Xavier,o mundo espiritual foi desvendado,embora parcialmente.
Com o desdobramento astral,permitindo amplo intercâmbio com o mundo dos espíritos,tornou-se possível compreender e tratar temas como o que agora abordamos, inclusive do ponto de vista histórico.
A Historia comprova que o homossexualismo é praticado ha milênios, sendo impossível saber quando e como iniciou, embora fácil supor como.
Como espírita e praticante do desdobramento espiritual, sabemos que o sexo é exercitado no mundo astral, existindo locais, como o “vale do prazer”, onde ele é à base de ação.Ambientes idênticos estão espalhados no Umbral e Treva.Alias, no sono, muitos encarnados os visitam, guardando, às vezes, recordações dos momentos ali vividos.
Na tradição hebraica,incubos e sucubos (espíritos masculinos e femininos), buscam manter relações sexuais com seres humanos adormecidos.
Até onde sabemos,os espíritos usam,preferencialmente,um dos sexos para evoluir.Isso não impede que,quando necessário,reencarnem no sexo oposto.
Mesmo reencarnando muitas vezes,a tendência dos espíritos é evoluir muito lentamente,conforme ensina Kardec (perg..800,no “O Livro dos Espíritos)”.Assim sendo, não é difícil entender que um homossexual,ao desencarnar,poderá juntar-se com outros,nos já mencionados núcleos.Ao reencarnar,embora possa mudar sua orientação,conforme vivência no espaço,manterá a mesma tendência sexual.A regra vale para homens e mulheres.
Do exposto é fácil concluir que, do ponto de vista teórico, a explicação do homossexualismo residiria na preferência sexual do espírito, adquirida através das reencarnações.É interessante notar que, freqüentemente, dizem eles que, desde a infância, sabiam ser “diferentes”.
Ainda cabe esclarecer que, no decorrer das reencarnações, esse habito será abandonado, pelo crescimento espiritual.Coincidentemente, somos procurados por alguns deles, desejosos de deixarem tal pratica.Resultado positivo tem sido alcançado.Outros ha que, mesmo buscando ajuda espiritual, declaram não desejar mudar sua preferência sexual.
Portanto,a teoria aqui exposta,parece lógica e satisfatória.Correspondera a realidade?
O emprego de técnicas de desdobramento,permitindo vasto intercâmbio com o mundo espiritual,demonstra a realidade da mesma.
Já atendemos quatro meninos, portadores de acentuada tendência feminina, confirmada por pais,professores,psicólogos e notada por colegas de aula.
O tratamento mostrou,em 3 casos,a existência de varias encarnações de homossexualidade,inclusive com historias complexas.Companheiros desencarnados atuando para manter essa opção e,em 1 caso,o menino,na encarnação anterior,fora mulher, tendo sido muito feliz e assim queria permanecer.
Não vamos aqui descrever as técnicas empregadas,pois muitas delas não seriam compreendidas,mas,após meses de tratamento,todos passaram a aceitar o sexo masculino,mudando radicalmente suas atitudes,conforme atestam aqueles que os trouxeram ao Grupo.Se essa atitude vai perdurar só o tempo vai demonstrar.
Quanto aos homossexuais masculinos atendidos,devem ser divididos em 3 grupos:
1- Vieram procurar ajuda espiritual,mas não para o homossexualismo.Foram atendidos e ajudados espiritualmente,quando possível, inclusive “casais”.
2- Queriam entender o problema.Após compreende-lo,perceberam serem responsáveis pelo próprio destino (livre-arbítrio).Nunca indagamos qual a solução adotada.
3- Desejo sincero de abandonar o homossexualismo.O tratamento alem do suporte psicológico, resultou na solução do problema, embora não seja possível dizer,se definitivamente.Estamos observando cinco casos.
Quanto ao homossexualismo feminino, relatamos dois casos, no livro “Espiritualismo”, ambos resolvidos satisfatoriamente,embora não saibamos se mantida foi a opção sexual.
A casuística acima descrita parece confirmar o quadro teórico por nós traçado.
Quanto à possibilidade, aventada por alguns pesquisadores, de que os homossexuais sejam portadores de áreas cerebrais especificas, lembramos aqui que o corpo astral, responsável direto pela formação do corpo físico nele expresso, às vezes, reproduz lesões adquiridas em vidas anteriores (marcas de nascimento e muitas outras), mas como não se trata de lesão, afastamos essa hipótese.
Não incluímos aqui os transexuais,porque nunca atendemos um deles.
A conclusão lógica, para os que são reencarnistas e espiritualistas, é de que os homossexuais são dignos de todo o respeito, não devem padecer qualquer restrição, pois devem realizar o seu resgate cármico como todos nós.No entanto, talvez em resposta ao ambiente hostil, muitos deles tendem a afrontar a sociedade.O respeito deve ser mutuo, tornando desnecessárias atitudes, por vezes grotescas, de um ou do outro lado.
Os casos infantis,já mencionados,bem como alguns adultos com evolução especial, devem ser atentamente acompanhados porque podem trazer preciosa colaboração para a compreensão definitiva do problema.
BIBLIOGRAFIA

1- Sex in History - Reay Tannahill
2- Os espíritos têm sexo? - Cicero Marcos Teixeira
3- O Livro dos Espíritos - Allan Kardec (perg, 800 e seguintes)
4- Espiritualismo - Ivan Hervé (Casuística)
5- No Mundo Maior - André Luiz (Cap.11)
6 – Vida e Sexo – Francisco Candido Xavier

Revisado e atualizado em 30.05.05 – Porto Alegre

Ivan Hervé

27 novembro 2006

Visão espiritualista dos tiques nervosos - Dr. Ricardo Di Bernardi

Dr. Ricardo Di Bernardi, gostaria que oportunamente fossem abordados os chamados “tiques nervosos”.
Será que a doutrina espírita pode ajudar? Qual a razão da existência desses tiques? São hereditários? São espirituais? Meu avô tinha, meu tio e agora eu. Será que os meus filhos podem vir a ter? Paulo, Genéve, Suiça

Resposta: vejamos o Fator Espiritual Externo:

Qualquer desequilíbrio físico, e os tiques nervosos estão incluídos, decorre de um desequilíbrio dos campos energéticos do indivíduo. Gestos repetitivos, conscientes ou inconscientes decorrem de uma desarmonia da frequencia vibratória de nossas estruturas mais sutis. A doutrina espírita pode ajudar no equilíbrio psíquico de todos nós ,portanto, pode auxiliar neste mister. Com isto não estamos afirmando , nem de longe, que o problema é originariamente obsessivo isto é decorrente da ação de espíritos desencarnados. Sucede que tudo que pensamos, sentimos e ou agimos gera campos vibratórios com uma determinada frequencia, comprimento de onda, coloração, opacidade, som e cor específicos.

Em função de uma determinada postura criamos, secundariamente elos energéticos com entidades espirituais que estão sintonizadas no mesmo diapasão. Há muitas vezes interferência ou somação de situações com espíritos desencarnados. O tratamento, portanto, visa corrigir as posturas psíquicas do indivíduo.

Fator palingenésico:

Palingenesia é o mesmo que reencarnação. Há ,em cada um de nós registros de todo nosso passado. Se é verdade que devemos nos preocupar muito mais com o presente que está sendo contruído e que determina em grande parte nosso futuro, não há como negar que arquivos do nosso passado podem ser fatores de tendências em nossas atitudes. Vocações profissionais por exemplo são recordações inconscientes de experiências anteriores. Nosso corpo traz inclinações a certas manifestações que decorrem de fortes impressões que o perispírito ainda não se libertou. No entanto não é se conformando com a tendência que resolvemos o problema mas reencarnando para superar esta tendência. Nosso sistema nervoso deve ser corretamente tratado.

Fator Genético

Geneticamente nossos órgãos são semelhantes aos ancestrais e podem trazer aptidões, ou fragilidades e dificuldades. Não se recebe "tiques"por herança mas se recebe uma musculatura semelhante e um sistema nervoso semelhante com posssibilidades também semelhantes. Há genes que se expressam mais ou menos intensamente conforme as vibrações das matrizes perispirituais estejam ou não estejam comprometidas com algum problema . Quer dizer, se nas vidas anteriores há ligação com esta tendência a carga genéitica se expressa com mais intensidade. Além disto, reencarnamos no meio que temos afinidade o que significa histórias em comum no passado.

Fator psicológico ou emocional

Se alguém prestar muita atenção no próprio piscar de olhos ou de outrem, irá adquirir o tique do " pisca-pisca" . Se alguém prestar muita atenção no bocejo de outros terá imensa vontade de bocejar. Sono ? claro que não, Falta de controle emocional. Transporte isto para outras esferas e níveis de gravidade e perceberá o que quero dizer.

Orientação :

Ter em mente que é uma situação reversível e sempre curável , em mais ou menos tempo desaparece, nem que seja em proximas existêncais...

Um abraço fraterno.

Dr;. Ricardo Di Bernardi

02 outubro 2006

Alcoolismo: Enfoque Paranormal - Dr. Ricardo di Bernardi



Dr. Ricardo Di Bernardi *


As drogas, de maneira simplificada, podem ser classificadas em três grandes grupos: drogas estimulantes, entorpecentes e alucinógenas.

O álcool acha-se incluído no grupo das drogas entorpecentes. Chamam-se entorpecentes drogas que retardam ou desaceleram a atividade do sistema nervoso central, são tranqüilizantes, anestésicos ou soníferos.

Embora o álcool possa, inicialmente, dar uma sensação de bem estar, com o passar do tempo passa a alterar a química do organismo tornando-se indispensável ao indivíduo que física e psiquicamente torna-se dependente ou prisioneiro do álcool. Seu uso constante passa a gerar um estado de desânimo com perda do interesse pelo trabalho, pelo estudo e pela vida.

Estudos desenvolvidos pela pediatria demonstram que a principal causa da existência de jovens alcoolistas é a falta de núcleo familiar organizado e estável.

Muitas vezes o álcool surge como mecanismo de fuga dos jovens à solidão em que vive desde criança. A falta de amor em família provoca desajustes que freqüentemente desaguam no alcoolismo. As freqüentes separações dos pais, o abandono do lar por um deles, ou as energias de conflito graves entre os genitores é causa mais flagrante da busca do álcool pelo jovem.

O alcoolismo, além de grandes lesões nos órgãos do viciado, determina sérios problemas aos recém-nascidos quando a gestante é usuária da droga. O álcool pode causar lesões no feto que se desenvolve no útero materno, podendo chegar a causar a chamada “ Síndrome do Alcoolismo Fetal ”, com deficiência mental, atraso do desenvolvimento, defeitos cardíacos e inclusive microcefalia (cérebro pequeno).

O dependente do álcool, além de estar física e mentalmente prejudicado, traz inúmeros problemas para a sociedade, criando atritos, brigas e freqüentemente se envolvendo com amizades que o levam a ambientes onde o crime espreita.

Sob o ponto de vista espírita um dos aspectos a ser considerado é a obsessão espiritual sobre os alcoólatras. O dependente do álcool é, em muitos casos, acompanhado por dois tipos de obsessores: os ectoparasitas, e os endoparasitas espirituais.

Chamam-se ectoparasitas aqueles espíritos que costumam freqüentar bares ou locais de bebedeira se alimentando dos vapores etílicos que absorvem para seu corpo espiritual. Os endoparasitas espirituais são de mais grave conseqüência, pois se ligam ao corpo espiritual (perispírito) do beberrão, prendendo-se ao chakra esplênico do mesmo, onde vampirizam o fluido vital (energia vital ).

O alcoolista crônico costuma ser rodeado de larvas energéticas que se fixam ao seu perispírito. Fato este descrito por autores espirituais e também observados por videntes.

Quando o viciado ingere álcool, há uma expansão de sua consciência e as energias ou fluidos desequilibrados, que se encontravam retidos, saem para a superfície da sua aura, atraindo os perseguidores espirituais.

O alcoolismo é um triste flagelo da humanidade e, como tal, necessita de urgentes providências por parte de todos nós que estamos livres deste pesadelo.

Trabalhemos pelo próximo orientando-o. Desenvolvamos a amizade e o amor, que o álcool não será destruidor da saúde, da paz e da harmonia familiar.

05 setembro 2006

A VERDADEIRA PROPRIEDADE


Diz uma antiga lenda budista que uma Rei andava pelos campos com o príncipe herdeiro, então uma criança de 10 anos de idade. Mostrava a ele todo o reino. Este, encantado com tanta coisa, pergunta ao Pai :

- Pai, tudo isso é seu ?

O Rei então responde – Não filho, só peguei emprestado de você.

Vivemos em um mundo movido pelo dinheiro. A maior aspiração da humanidade é ficar extremamente rica, e de preferência, rapidamente, com o menor esforço possível. Ao longo dessa caminhada, nem sempre muito ética, vamos deixando pra trás valores simples e saudáveis e nos apegando a coisas supérfluas, que nos afastam do nosso verdadeiro destino e pior, nos fazem perder a saúde física e mental. Essa corrida impensada atrás do dinheiro, nos faz viver como se nunca fossemos morrer, e morrer como se nunca tivéssemos nascido. (Dalai Lama)

O espiritismo nos explica que a nossa verdadeira propriedade está nos nossos conhecimentos, nos sentimentos vivenciados e situações experienciadas.

Se refletirmos um pouco chegaremos rapidamente a algumas conclusões :

- Verdadeiramente não possuímos nada nesse mundo. Vejamos quantas fortunas foram dilapidadas, quantas famílias milionárias perderam tudo num piscar de olhos. Além do mais, diz a célebre frase – “Caixão não tem gaveta!”

- Pense no seu corpo físico. Ele não é você! Ele nem chega a ser seu. Você o pegou emprestado das substâncias do planeta Terra que sua mãe ingeriu pela alimentação, e você devolverá essas substâncias quando desencarnar. Ele é uma roupa perfeita, extremamente bem construída, que você temporariamente utiliza para se manifestar nesse plano físico. Cabe a você cuidar dele o melhor que puder, mas um dia ele fatalmente volverá ao manancial terráqueo.

- Nossos Pais e filhos. Eles também não são nossos! Por mais incomodo que seja isso, eles são criaturas independentes, que em outras vidas tiveram outras personalidades, e que nessa vida precisam evoluir tanto quanto você, e para isso vão sofrer, vão adoecer e um dia vão desencarnar, como todos nós.

Refletindo sobre isso chegamos a conclusão de que a única propriedade verdadeira é aquela que não enxergamos. Tudo que for palpável, não pode ser uma propriedade eterna, eu simplesmente estou utilizando-a temporariamente.

Nossos sentimentos, esses sim, nós os carregamos e eles são nossos. O prazer que tenho em conversar com um amigo, o amor que sinto pelos meus entes queridos, a felicidade de estar junto aos nossos quando eles necessitam, a alegria de poder ajudar ao próximo e me manter no caminho da evolução crística...

A vida passa muito rápido, e é formada de pequenas coisas, de lembranças, de situações cotidianas, que nos deixam mais ou menos integrados com a espiritualidade superior. Ela deve ser um exercício contínuo de desapego. Desapegar-se do dinheiro, das posses, da pose, de cargos, de pessoas que nos escravizam, desapegar-se do próprio sofrimento, e assumir aquilo que temos de melhor, deve ser a nossa orientação.

Vamos acumular dinheiro celestial, que é o amor. Essa moeda é a única capaz de pagar nossas despesas no plano espiritual, e nós a obtemos abundantemente quando passamos a enxergar todas as situações como sendo importantes para nos melhorarmos e para ajudar ao próximo mais próximo. Jesus dizia que a casa do meu Pai tem muitas moradas. Qual morada você quer escolher para sua próxima vida?

21 agosto 2006

Plenitude e Equilíbrio: Sabedoria para a mulher viver bem cada ciclo de sua vida! PARTE 4 - INVERNO



Inverno: do Corpo à Alma

“Se permaneceres no centro

e abraçares a morte com todo teu coração

viverás para sempre.

-Tao Te Ching

Com o envelhecer nos re-contatamos com o círculo da vida, sem começo nem fim e estamos diante da morte do corpo físico. A nossa cultura não nos prepara para este momento e nos vendem sempre a ilusão de poder evitá-lo. Isto nos fragmenta e adoece.

Assim como na natureza, o inverno da vida é o momento de ir às profundezas, de se voltar para o interior, lá onde está a semente da essência, o alimento da vida que, certamente, continua indefinidamente. Não há mais lugar para o apego e a ilusão da matéria, da superfície, do supérfluo. Toda tentativa de confronto com o movimento da energia, de fora para dentro resulta em dor, sofrimento e morte. A falsa morte que está sempre nos ameaçando quando não abraçamos, em vida, a verdadeira morte. Morte que conforme nos ensina a natureza, é vida que permanece, que continua, que se fortalece, se renova e segue adiante.

O corpo já não tolera qualquer agressão à sua essência e é preciso ouvi-lo e respeitá-lo. Alimentar-se só do que é bom e puro, do que nutre as células do corpo sem destruí-las, movimentá-lo em sintonia com sua delicada constituição, flexibilizar pensamentos e mente produzindo um campo de leveza que ajude a alma na sua passagem final. Este é o momento definitivo que, segundo as tradições orientais, estrutura o padrão do novo re-começo que, mais à frente, se apresenta.

No seu livro maravilhoso,”Na Casa da Lua”, (Objetiva, 1995) Jason Elias, um terapeuta norte-americano, resgatando o espírito feminino da cura, diz que:

“A mulher idosa viaja de volta no tempo e no espaço para descobrir seu self mais jovem, a criança segue adiante e elas se encontram no centro onde só existe uma”...

Esta imagem do círculo, onde fim e começo se encontram e da presença de um centro, um ponto eqüidistante onde estamos seguros e plenos, traz paz e serenidade ao meu coração e à minha alma. Talvez seja isto que está aí para ser visto e compreendido por nós, mulheres e homens em busca de felicidade.

10 agosto 2006

Plenitude e Equilíbrio: Sabedoria para a mulher viver bem cada ciclo de sua vida! PARTE 3 - OUTONO



Cíclica como a lua, a mulher vivencia intensamente cada fase de sua vida, transformando-se corpo, mente e espírito em novas e profundas metamorfoses.
Como um círculo sem começo nem fim, as fases do desenvolvimento feminino se assemelham às estações do ano.


O Outono é a Menopausa da Mulher, os 50 anos.


Momento de colher os frutos, o “outono” é o tempo em que a mulher, grávida de si mesma, recolhe o sangue, antes produzido e vertido no processo de gerar outras vidas, para agora nutrir a si mesma, alimentando o corpo que se prepara para alçar vôo em direção à alma. São anos decisivos, de profundas mudanças, quando a plenitude, o bem-estar e a felicidade estão na ordem direta do desapego a tudo que não é essencial.

O novo equilíbrio hormonal indica o fluxo da vida, pois na menopausa, enquanto estão diminuídos os hormônios ovarianos, aumentam os índices dos hormônios da hipófise e são ativados os centros energéticos superiores, facilitando a introspecção, o desenvolvimento do saber intuitivo, a religiosidade, o despertar maior da consciência.

Saber equilibrar os cuidados com o corpo que se fragiliza, com as imensas e novas possibilidades de desenvolvimento no campo da alma, é o grande desafio deste momento.

07 agosto 2006

Plenitude e Equilíbrio: Sabedoria para a mulher viver bem cada ciclo de sua vida! PARTE 2 - VERÃO



Cíclica como a lua, a mulher vivencia intensamente cada fase de sua vida, transformando-se corpo, mente e espírito em novas e profundas metamorfoses.
Como um círculo sem começo nem fim, as fases do desenvolvimento feminino se assemelham às estações do ano.



O Verão representa a fase de maturidade sexual, do casamento e da gravidez.


Assim como a natureza a estação do verão feminino é um longo período em que prepondera o fogo das paixões, a chama do amor, o contato com a dor e a alegria na vida conjugal, as separações, a experiência da gravidez, do parto, da amamentação, os mistérios do ser mulher, amante e do ser mãe.

As flutuações hormonais que a mulher vivencia com sua natureza cíclica lhe permite contatar com toda uma dimensão de aspectos variados do seu ser que lhe surgem como “outras” personalidades a serem identificadas, acolhidas e, se for o caso, transformadas. Além do aspecto purificador biológico da menstruação, percebo que as mutações psíquicas vivenciadas pelas mulheres a cada fase do ciclo menstrual são determinantes no desenvolvimento e amadurecimento do seu ser-humano-mulher.


Novamente a receita é clara: estar atenta e presente, buscar no interior, na essência, os caminhos a seguir, aliar-se às forças do seu ser feminino, criar canais de percepção do que é verdadeiro ao seu redor, despertar o seu “eu-real”, seu “terapeuta-interno” que é sempre, num primeiro momento um “eu-observador amoroso” de você mesma. “No centro sentimos leveza” dizem os sábios e é nos “centrando” que podemos enfrentar e vencer a fragmentação que nos adoece.


Muitas vezes para tudo isto precisamos de ajuda. Ela vem não só através da Medicina e da Psicoterapia, em suas várias vertentes, como também através dos Círculos de Mulheres em torno da questão da Espiritualidade; das Danças Circulares Sagradas; os Grupos de Oração; as atividades artísticas, as filantrópicas e outros encontros.

04 agosto 2006

Plenitude e Equilíbrio: Sabedoria para a mulher viver bem cada ciclo de sua vida! PARTE 1 - PRIMAVERA



Cíclica como a lua, a mulher vivencia intensamente cada fase de sua vida, transformando-se corpo, mente e espírito em novas e profundas metamorfoses.
Como um círculo sem começo nem fim, as fases do desenvolvimento feminino se assemelham às estações do ano.
A primavera é a puberdade, a primeira menstruação, passagem importantíssima de criança para mulher, data muito especial que deve ser honrada e celebrada: ela está se tornando como sua Mãe Terra, capaz de renovar e nutrir vida. Profundas mudanças hormonais em sintonia com o fluir da vida, preparam o corpo da menina-moça para esta grande transformação. O primeiro sangue menstrual assinala que é chegada a hora de se levantar sozinha e dar início ao desafiante processo de descoberta de quem ela é e o que ainda se tornará. É um período tumultuado, agravado pela nossa cultura que desvaloriza e preenche de valores negativos o sangue menstrual que em outras culturas é símbolo de poder, força e vitalidade. A menina/moça/mulher vive períodos geralmente tumultuados, muitas experimentam a dor da não aceitação desta novidade, a vergonha, o “incômodo”, o desconhecimento de si própria, o afastamento do pai, o medo da perda da infância. Muito importante neste momento é a presença da mãe, das avós, a postura amorosa e afirmativa do pai, as conversas com as amigas,a troca de conhecimentos na escola, a consulta com o médico, o terapeuta, atentos e preparados. É preciso proporcionar a esta menina/moça/mulher, um “campo de presença” em que ela possa se permitir vivenciar a dor e a alegria deste momento definitivo e marcante de sua vida.

Os sintomas são geralmente proporcionais ao grau de plenitude e equilíbrio que ela possa experimentar neste momento. Ao sangrar, o útero nos chama pra dentro, para o nosso interior e as cólicas quando presentes, podem ser aliviadas ao aquecermos o nosso ventre, ao nos permitirmos o repouso que o corpo necessita e pede, ao acolhermos nossa natureza feminina e ao honrá-la com reverência.

É antigo e sabidamente eficaz o uso das ervas medicinais - a Fitoterapia, da Homeopatia e da Acupuntura. Auxiliares poderosos são também a Meditação e a Yoga, os círculos de mulheres, as ginásticas terapêuticas, os exercícios físicos orientados, o contato com a natureza, a alimentação leve e saudável. Muitas vezes basta nos tornarmos mais “presentes” no nosso corpo, tomando consciência da respiração, de cada parte e do todo, permitindo um mergulho da mente para o útero, de fora pra dentro. E tudo isto não requer muito tempo ou condições especiais. Este “pit-stop” de consciência corporal pode ser realizado a qualquer momento, em casa ou na sala de aula, no ponto do ônibus, no carro, na rua ou até num shopping movimentado.

A menstruação não é uma sangria inútil, ela é um procedimento natural de purificação do corpo, de morte e renascimento das células, de fortalecimento e preparação do corpo feminino que um dia, mais tarde, vai gerar e nutrir outras vidas.

Antigamente, quando os seres humanos estavam mais próximos e integrados a natureza, as mulheres de uma mesma comunidade, menstruavam ao mesmo tempo e todo o ciclo acompanhava o movimento e os ciclos da lua. Hoje, inúmeros são os movimentos no sentido de resgatar esta proximidade, de restabelecer este fluxo vital e buscando uma re-aproximação com a natureza.

A puberdade traz em si o germe da iniciação sexual, o desejo que agora toma novos rumos, dirigindo-se para o outro, no preparo para a futura vida sexual plena. Toda esta metamorfose biológica é também acompanhada de profundas transformações emocionais e psíquicas. O que temos presenciado, em grande medida, são os transtornos ocasionados pela precocidade, o despreparo, a banalização, a superficialidade do encontro amoroso. Quanto mais referenciadas na família, quanto mais presentes e felizes são os pais, maiores são as possibilidades que as meninas/moças tem de iniciarem sua vida sexual de forma acertiva e plena.

28 julho 2006

Brasil : O futuro só a nós pertence? --- Ricardo Di Bernardi


Ao divisarmos, em horizonte próximo, o alvorecer do terceiro milênio temos consciência de que estamos nos despedindo da noite escura do religiosismo cego e dogmático. De fato, ansiamos por contemplar, sob a luz de um sol amoroso e racional, o céu azul do bom senso livre das obscuras nuvens do fanatismo.

Enfim se avizinha o milênio no qual não mais erigiremos tótens aos deuses ou espíritos mas sentiremos o “Deus em Nós” como disse o grande mestre Jesus. A grande procura da Verdade Exter- na deverá ser substituída pela percepção da Luz que pulsa no inconsciente puro de todos nós.

A visão estreita do criacionismo cederá à compreensão do evolucionismo espiritualista ou neo-evolucionismo.

O destino e a responsabilidade dos seres deixará de ser atribuída a Deus para ser assumida pelos próprios indivíduos. A concepção medieval do religiosismo institucionalizado, que grassa qual erva daninha nos canteiros da nossa morada planetária, cederá lugar a religiosidade sem cultos externos mas expressa no amor universal.

Na história do nosso planeta, muitos emissários do alto renasceram em períodos críticos, ou momentos especialmente favoráveis, com o fito de impulsionar a evolução do nosso orbe. Comunidades inteiras também foram deslocadas para o nosso globo vindas de outro astros e até de outras constelações, procurando acelerar o processo evolutivo terráqueo. Vieram conviver conosco, contribuindo, para que pudéssemos galgar novos degraus na escada do progresso. Anjos espirituais, ou simplesmente amigos mais sábios e bondosos, tais como Emmanuel, assim se referem a civilização egípcia primitiva e a judaica bem como aos arianos e hindus de épocas remotas.

Os povos citados apesar de estarem aqui renascendo como degredados planetários, ou “expulsos de um paraíso”, cumpriram em nosso meio aspecto missionário qual seja o de sacudir os terráqueos da sonolenta caminhada na estrada do progresso.

Sob a orientação sábia e amorosa do Cristo, entidade responsável pelo nosso planeta, continuaram a aportar na Terra, periodicamente ao longo da história, grupos de espíritos que se localizaram em determinadas regiões ( ou países), formando bases sólidas em terrenos propícios para edificar a construção de sociedades mais justas e sábias no contexto de nossa humanidade terrestre.

O projeto “celestial” do crescimento rumo a sabedoria e a felicidade é amplo, visa atingir todas as criaturas. Não há “povo eleito” (ou nação privilegiada), todos que assim se consideraram ruíram fragorosa e vergonhosamente. O grande mestre, quando aqui esteve vestindo a roupa física do filho de José e Maria já nos dizia: “Nenhuma das ovelhas se perderá”.

Cidades populosas do globo receberam, então, pelas vias da reencarnação, inúmeros homens cultos e generosos. Filósofos, artistas e outros iluminados procuraram despertar a sensibilidade humana em todos os recantos de nossa morada terrestre.

Brilhantes mestres do cérebro e do coração criaram assim, diversas escolas na Grécia antiga assumindo o leme intelectual do barco terreno. A Verdade Universal, que não tem conotação religiosa sectária, foi pregada às multidões. A partir das terras helênicas foi novamente despertada a cultura, a democracia e os diversos valores da vida harmoniosa e fraterna foram cantados em prosa e verso. A Grécia antiga era, na época, a esperança de renovação da consciência planetária. Inúmeras verdades foram semeadas por Sócrates e outros plantadores do verbo divino do amor e da sabedoria.

No entanto, faltaram braços para as colheita sucessivas e os frutos luminosos acabaram por se perder.

Séculos mais tarde...

A família romana ergue-se cheia de tradições belas, como o respeito a figura da mulher e a compreensão dos deveres do homem. Aprimoram-se os vínculos familiares e os conceitos de virtude em relação a própria Grécia.

Institui-se a liberdade religiosa sendo o Panteão o exemplo clássico da tolerância; no seu templo chegam a existir estátuas de trinta mil deuses diferentes.
Patrícios e plebeus após agitadas desavenças conseguem equilibrar-se no respeito mútuo em leis que expressavam avanço na área dos direitos humanos. A Lei Canuléia passa a permitir casamentos entre patrícios e plebeus. A harmonia se desenvolve chegando até a Lei Ogúlnia que possibilitaria aos plebeus, também, exercerem funções sacerdotais.
As falanges de luz, em todas as épocas da história, exerceram intenso trabalho junto a comunidades e povos visando implantar, em inúmeros projetos, núcleos de paz, harmonia, justiça e sabedoria.

Voltemos os olhos para o Egito atual. Há neste respeitável país muito pouco do brilho proveniente da luz intelectual e moral do seu passado que assombrou a humanidade.

A saudosa Grécia de Péricles, que teve em Sócrates seu expoente maior, hoje se nivela a inúmeros países do nosso globo terrestre.

Nossa querida Roma de tempos remotos, também, desviou-se do planejamento elevado que os espíritos de luz lhe oportunizaram. Da administração enérgica, plena de sabedoria e justiça, a antiga água cristalina esvaiu-se na sede do poder e poluiu-se na corrupção mais vil. O Panteão democrático cedeu lugar a Inquisição de triste memória.

“Brasil, coração do mundo e pátria do evangelho”, mais uma das tentativas em se estabelecer um núcleo de fraternidade, tolerância, amor e sabedoria. Diz o adágio popular: “O destino só a Deus pertence”. Pobre ilusão! Se o destino só a Deus pertencesse, com certeza não haveria estupros, torturas, crimes hediondos ou suicídios.

É preciso que acordemos do sono medieval no qual ainda vemos Deus como um ser emocional passível de ser agradado ou desagradado por atos humanos. Deus é imutável!. A Força Universal ou o Amor Onipresente não se entristece nem se alegra, não pune nem premia. Seus atributos de onipresença e imutabilidade não interferem nos atos humanos.

O destino só a nós pertence. Faremos do Brasil, aquilo que nosso livre arbítrio quiser. Já se faz hora de não transferirmos para Deus nem para os espíritos o destino nem do país nem de nós mesmos individualmente.

Naturalmente, as emanações de luz sobre todos nós são contínuas. São inúmeros os mensageiros do amor e da sabedoria que renascem em nossas terras propagando a paz e estimulando o exercício saudável da razão.

Tomemos cuidado para não infantilizarmos conceitos maiores nos acreditando melhores do que nossos vizinhos de fronteira ou de outros continentes. Qualquer olhadela mais lúcida e atenta aos jornais demonstra que por aqui não são raros desvios graves em todos os sentidos do bom senso e da ética universal.

Projetos são projetos não são ainda fatos.

Abandonemos qualquer idéia que nos recorde, mesmo que de longe, a concepção absurda de povo eleito ou terra santa.

Na matemática do destino é preciso somar trabalho e bom senso sem subtrair as percepções da realidade, evitando divisões desnecessárias para multiplicar os resultados na tabuada do amor.

Dr. Ricardo Di Bernardi

Presidente da AME SC

20 julho 2006

VERTER PARA A CARNE


A humanidade sempre esteve à procura da cura para os males físicos que atingem os seres humanos, desde que o mundo passou a ser habitado, e de uma forma geral, nunca soubemos lidar com as desordens físicas.

Durante muito tempo, adoecer era sinônimo de ira divina, que se abatia sobre nós na forma de tumores, cancros, desencarnes súbitos, que até então não tinham outra causa senão essa.

O conhecimento médico andava de parelha com o conhecimento do oculto, do sobrenatural, até que no apagar das luzes da idade média, houve a separação litigiosa entre ciência e religião, ciência e ocultismo, o conhecimento das coisas palpáveis e o das coisas invisíveis.

Após essa briga, o conhecimento sobre a matéria assumiu proporções vertiginosas, macro e microscopicamente falando, mas o entendimento do processo desencadeador da doença e a forma de tentar combatê-la, enveredou por um caminho tortuoso, e que parece não estar respondendo aos anseios do homem do terceiro milênio que começa a se voltar para o Divino, para o Sagrado, independente de religião.

O espiritismo, através de suas inúmeras obras e das oportunidades que nos dá de pesquisar e aprofundar no processo saúde-doença, mostra que o foco deve se voltar para o corpo espiritual. Utilizamo-nos de diferentes veículos de manifestação (corpo físico, duplo etérico, corpo astral e mental), para atingir nossos objetivos de evolução, e com o passar das encarnações, vamos acumulando energias deletérias em nosso psiquismo quando somos egoístas, maldosos, maledicentes... porém como a nossa jornada é de evolução contínua, mesmo que as vezes lenta, essa energia necessita ser drenada e uma das formas disso acontecer é através da doença física.

As encarnações com doenças congênitas, crianças que já nascem doentes, são a maior prova disso. A drenagem dessas energias provoca sérios danos no corpo físico, vertendo para a carne o que nos incomoda e levando à cura espiritual, mesmo que ocasione a doença no corpo físico. E aqui reside um problema crucial de nossa sociedade.

Mesmo entre espíritas é comum ver a apreensão, a ansiedade de se curar o corpo físico, quando isso, em um número importante de casos, pode representar justamente a melhor forma de se curar definitivamente o espírito. Por exemplo: Uma mulher com disfunção energética relacionada a sexualidade, pode apresentar tumorações no útero, casos de endometriose... Acompanhamos recentemente um caso assim no nosso centro, onde a orientação dada foi que os miomas uterinos eram justamente a oportunidade que os mentores estavam tendo de limpar o perispírito da paciente, ou seja, a doença era nesse caso uma verdadeira benção.

Quando adoecermos é importante escutar com atenção o que a doença quer nos mostrar, e pensar sempre nas conseqüências daquela doença no meu corpo espiritual. Vale isso algumas dicas :

1) Eu, deliberadamente ou não, provoquei essa doença nessa vida ?

2) Existe algum padrão de comportamento meu que possa estar acelerando o processo?

3) O que devo mudar na minha conduta para evitar que o problema se repita?

4) O que estou fazendo para que meu corpo astral seja limpo, sem a necessidade de doenças?

5) Quais benefícios evolutivos posso obter da doença?

6) Existe em mim algum grau de revolta por estar doente?

Pense nisso. É importante levar a sério os conhecimentos que temos sobre a vida espiritual. Não há acaso, nem preferência, nem castigo. Só há oportunidades de evolução, que ocorrem de acordo com a necessidade de cada um de nós.

Que nós possamos aproveitar melhor essas chances de crescimento, lembrando sempre que a melhor alternativa para nossa cura interior é o amor, junto com a caridade, mas se a doença chegar, bendita seja essa oportunidade de verter para a carne, energias armazenadas em nossos corpos espirituais que nos oprimem e atrasam nossa marcha evolutiva.

Paz e luz a todos!!!


03 julho 2006

Desdobramento espiritual - O sonho é o aquário da noite.

Todos as noites de nossa vida em que conseguimos dormir, realizamos o que o espiritismo chama de desdobramento, ou seja, nosso espírito se liberta do corpo físico, que descansa, e nessa libertação "retorna" ao seu habitat natural. Esse desdobramento também acontece em outras situações como hipnose, meditação, traumas violentos, anestesia... mas nosso foco hoje é o desdobramento induzido pelo sono.
O que faz o espírito nesses momentos?
No livro dos espíritos, codificado por Allan Kardec, vemos no capítulo VIII, na parte que fala sobre a emancipação da alma essas duas questões :

O sono e os sonhos400. O Espírito encarnado permanece de bom grado no seu envoltório corporal?

“É como se perguntasses se ao encarcerado agrada o cárcere. O Espírito encarnado aspira constantemente à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.”

401. Durante o sono, a alma repousa como o corpo?

“Não, o Espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços que o prendem ao corpo e, não precisando este então da sua presença, ele se lança pelo espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos. ”

Aliada a essas informações trazidas por Kardec, Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco, são ricos em dados sobre o desdobramento. Durante esses momentos do sono obtemos o que procuramos durante o dia, ou seja, podemos aproveitar nossas noites em companhia dos mentores e amigos espirituais, assim como podemos nos transportar para regiões infelizes do astral inferior, onde nos localizamos por afinidade energética. Em uma ou outra ocasião colhemos os frutos de nossas ações, obtendo nessas regiões de ventura ou de sofrimento, o que procuramos.
Uma analise mais séria, nos indica que se tivessemos o hábito de treinar o desdobramento viveríamos de forma muito mais tranquila.
Uma oração antes de dormir, com um pedido sincero de proteção, nos livraria de muitas dificuldades que nos mesmos criamos. A questão é que como pedirmos uma coisa a noite enquanto fazemos o oposto o dia inteiro ?
A nossa saída do corpo durante a noite pode ser direcionada pela ação da nossa vontade sincera, dessa forma podemos participar de aulas, cursos, tratamentos espirituais, aproveitando também nossas noites para nosso desenvolvimento espiritual.
É o nosso livre arbítrio operando novamente. Basta escolhermos o caminho mais curto.

Abaixo segue trecho do grande escritor Victor Hugo, retirado do livro, os trabalhadores do mar, onde ele fala sobre o desdobramento de forma maravilhosamente poética :
...O sono está em contato com o possível, que também chamamos o inverossímel. O mundo noturno é um mundo. A noite é um universo. O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas de altura, chega a noite fatigado, cai de fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o desconhecido. As coisas sombrias do mundo ignorado tornam-se vizinhas do homem ou porque haja verdadeira comunicação, ou porque as distâncias do abismo tenham crescimento visionário; parece que as criaturas invisíveis do espaço vem contemplar-nos curiosas a respeito da criatura da terra; uma criação fantasma sobe ou desce para nós, no meio de um crepúsculo; ante a nossa contemplação espectral, a vida que não é a nossa agrega-se e dissolve-se, composta de nós mesmos e de um elemento estranho; e aquele que dorme, nem completo vidente, nem completo inconsciente, entrevê as animalidades estranhas, as vegetações extraordinárias, as cores lívidas... todo esse mistério a que chamamos sonho e que não é mais do que a aproximação de uma realidade invisível. O sonho é o aquário da noite.