21 dezembro 2006

A homossexualidade analisada pela ótica de uma pessoa espírita. - Dra Giselle Fachetti

Tenho uma postura que pode chocar alguns. Sou favorável ao contrato civil de união entre pessoas do mesmo sexo. Procurarei justificar minha posição nas linhas abaixo.

Com a lei da união civil entre pessoas do mesmo sexo uma união longa e estável de um "casal" homossexual seria reconhecida como uma sociedade civil gerando direitos legais tais como plano de saúde, pensão, herança... Isso não propicia e nem promove uma possível perversão, mas reconhece uma situação que existe de fato.

Todos sofremos quando assistimos cenas de discriminação em relação ás minorias. Temos horror daqueles que se julgam superiores a seus empregados e por isso precisam de um elevador exclusivo. Não entendo como estes seres superiores comem a comida preparada por pessoas com a qual não podem nem sequer dividir um elevador sob o risco de subversão da hierarquia social.

Quando nos defrontamos com uma cena de discriminação racial somos tomados de uma fúria politicamente correta. A mesma fúria se torna verde quando imaginamos a crueldade com animais para o simples prazer de se obter o mais belo casaco de peles ou para garantir que uma determinada maquiagem não é tóxica para o olho humano.

Só que não são apenas essas as cruéis discriminações que presenciamos em nossa sociedade. Discriminamos o feio, o magérrimo, o gordo. Discriminamos o pobre e o ignorante. Aceitamos apenas os nossos semelhantes. Aqueles que nos representem em uma espécie de espelho mágico dos seletos.

Proteger os animais e a mulheres são guerras “fashion”, chiques. Esta postura nos faz aceitos nas altas rodas. Se defendermos a união civil entre homossexuais em um ambiente que se diz familiar, seremos taxados de perversores da sexualidade humana, de desencaminhadores de indecisos.

Ora, ninguém passa a desejar fisicamente pessoas do mesmo sexo por imposição. O desejo sexual pode até ser reprimido em sua intensidade ou oportunidade. Agora, modificar sua qualificação, modificar a natureza do objeto que desperta esse desejo, isso não é uma possibilidade sujeita à simples vontade e decisão. O gosto pessoal é fruto de uma característica íntima, transcendente e intensa.

As pessoas não optam por serem homossexuais, elas o são. Nascem assim.

Imaginem um de nós que fosse fruto de um inusitado transplante total de corpo, uma experiência fantástica da ciência do faz de conta, e que acordasse em uma manhã qualquer, em um corpo do sexo oposto ao que utilizava. Nesta circunstância, estaríamos ainda impregnados de vivas impressões do corpo anterior e não seríamos capazes de mudar nosso foco de desejo sexual. Esta situação implicaria em uma transição instantânea, o que é um grande desafio. Portanto, seríamos, sim, de uma hora para outra, homossexuais.

Se, temos a nossa identificação sexual atual tão forte e nos gabamos disso, como se fosse um mérito, o que aconteceria se reencarnássemos em um corpo do sexo oposto? Certamente seríamos homossexuais. Quem garante que não passaremos por uma experiência assim um dia?

Ah! Diriam os pseudotolerantes:

- Isso não acontece, pois a homossexualidade se trata de punição “cármica” para quem usou mal a sexualidade em vidas pretéritas.

E quem usou mal do amor fraternal que deveria distribuir e discriminou seus irmãos homossexuais? Será que para correção desse equívoco, a experiência em um corpo discrepante em relação á sua identificação sexual atual, não propiciaria uma ótima oportunidade?

Se retirarmos do pool de dores morais que os homossexuais sofrem aquelas oriundas de nossa intolerância, estaremos exercendo a caridade cristã que permitirá que, eles, ao carregarem uma carga menor, consigam chegar mais longe.

A homossexualidade é descrita por Freud como conseqüência de uma identificação sexual inadequada por ausência da figura paterna ou por essa figura, se presente, ser fraca, dominada ou inexpressiva.

Mas nem sempre essa premissa está presente. Uma família com características predisponentes á construção de personalidades homossexuais pode assistir ao crescimento de crianças que se tornem adultos heterossexuais. Na realidade isso é o que acontece na maioria das vezes.

Temos, portanto, um componente ambiental, um emocional, um biológico e um espiritual envolvidos no complexo desenvolvimento de uma personalidade homossexual. Não acredito que se trate sempre de obsessão como querem muitos dos pseudotolerantes.

A obsessão só explica o aprofundamento de características já presentes nos indivíduos, ainda que latentes. Não é por sintonia que os obsessores agem? Nenhum obsessor é capaz de fazer uma mulher desejar outra, a não ser que ela já tenha, em si, trazido a tendência homossexual, o que abre as portas para obsessores afins. Existem obsessores de todos os matizes, conforme o número de seres humanos diferentes entre si.

A questão espiritual é importante nesta problemática. Um espírito ainda bastante identificado com as qualidades femininas vivendo em um copo masculino e vice-versa.

Outra forma de pseudotolerância é quando taxamos todos homossexuais de ex-perversos. Ou seja, estão colhendo os frutos de uma sexualidade transviada em encarnações anteriores. Sabemos que isto pode acontecer, em alguns casos, mas, se generalizamos, estamos construindo a estrutura básica dos preconceitos.

O que eu acredito que explica de forma mais fiel a situação é uma identificação intensa do espírito com o gênero sexual em que viveu na terra por muitas oportunidades, em geral seqüenciais. Em um determinado momento deve ser feita a transição para um corpo do sexo oposto com objetivo de possibilitar àquele espírito aprendizados mais próprios do outro gênero.

Quando o espírito já alcançou um grau de desmaterialização maior, ele consegue viver sua sexualidade conforme o corpo que recebe. Vemos muitos homens femininos e mulheres masculinas que não são homossexuais.

Se ainda está muito ligado ás experiências anteriores mantém o padrão que apresentava nestas outras oportunidades. Ele se sente prisioneiro em um corpo inadequado, estranho, impróprio.

Muitos de nós que nos vangloriamos de sermos “machos” ou “fêmeas” exemplares viveremos experiências semelhantes, no momento em que a transição se fizer compulsória.

Alguns homossexuais são verdadeiros missionários, enviados á terra para lutarem contra os preconceitos e para dignificarem seus irmãos homossexuais que ainda encontram-se perdidos na promiscuidade sexual. Muitas vezes isso se deve às intensas e profundas distorções de auto-imagem e auto-estima que a interação com uma comunidade preconceituosa geram.

Quando aceitamos o homossexual com a condição de que ele não pratique sua opção sexual, os estamos condenando á solidão. Quais de nós abriria mão de sua vida sexual de forma definitiva, no grau de evolução em que nos encontramos atualmente, em função de uma tese? Ou de um dogma? Apenas alguns ....

Qual o prejuízo que essa prática gera a sociedade?

É claro que não estamos falando de promiscuidade. Alguns homossexuais são promíscuos, e isso é um erro. Ser homossexual e praticar a relação homossexual com parceiros selecionados e de forma segura não pode ser considerado um pecado. É uma prática condizente com as necessidades físicas do ser humano.

O heterossexual promíscuo está errado, a mulher casada que mantém relação sexual com seu marido em troca de benefícios financeiros é prostituta. O heterossexual desleal também está em pecado. Se alguém assumiu um compromisso com um determinado parceiro e foge ao compromisso de forma desonesta, ele peca.

Trair não é um ato físico. Trair é descumprir um acordo. Se um casal hetero ou homossexual não respeita um acordo consensual feito previamente, eles estão sendo desleais e anticristãos. Se existe uma situação nova que impede o cumprimento do acordo inicial, este deve ser revisto de forma clara e até desfeito, se for o caso.

O ideal é que tenhamos um único parceiro em toda a nossa vida. Se tivermos a benção e a sabedoria de acharmos um par compatível com nossas expectativas e possibilidades podemos viver essa situação ideal. Só que neste mundo ela ainda é rara.

Estaremos todos em um grau maior de aproximação com a Divindade no momento em que tivermos a condição de praticar o que a Bíblia propõe, em termos de sexualidade, de forma natural, automática, plena.

Pessoas que tiveram inúmeros parceiros sexuais são aquelas que ainda não acertaram em sua busca. Ninguém tem o direito de tirar as esperanças de um irmão sedento de felicidade. É claro que a medida em que evoluímos, a nossa felicidade passa a depender mais de nós mesmos do que do objeto de nossa afeição ou de conquistas materiais. Mas ainda estamos na terra e não no paraíso.

Se ainda somos dominados por impulsos animais e estes serão vencidos por nossa evolução, creio que o processo, para ser bem sucedido envolve um caminhar conjunto e solidário.

Sem dúvida, quando eu me identificar menos com as necessidades materiais talvez eu possa entender a possibilidade de sublimação do desejo sexual de forma não perniciosa. Por enquanto, quando penso nisso, lembro-me dos pedófilos escondidos em uniformes respeitáveis.

A franqueza será sempre mais saudável que a dissimulação. Melhor um homossexual assumido do que um pseudo-sublimado corruptor e ocultado atrás de uma respeitabilidade fictícia.

Sei que um dia eu serei vencedora na luta pela perfeição, não sei se chegarei lá antes ou depois dos homossexuais que conheço. Mas isso não faz diferença....Estamos caminhando e é o que importa.

Amarmos ao próximo como a nós mesmos significa aceitar as opções e características individuais. Não exigir de ninguém o que não seríamos capazes de fazer. Quem de nós é capaz de abrir mão de sua vida sexual? Quem é livre do pecado e tem condição de atirar a primeira pedra?

Giselle Fachetti Machado. Médica ginecologista e obstetra

Homossexualidade - Hélcio José

O tema realmente é muito polêmico e não existem conclusões definitivas a respeito. Entretanto, valem algumas considerações.

Em todo tema tratado por religiosos ou não, o que mais se deve observar é a fonte. Devemos estar atentos para saber se quem está falando sobre o tema verdadeiramente o conhece bem. Interessante observar que os cientistas nazistas falavam com muita propriedade “científica” sobre a “inferioridade” das outras raças. Ou seja, o que eu quero dizer é que toda ciência, filosofia ou doutrina pode errar ou acertar. O tempo nos prova isso o tempo todo.

Apesar disso, sempre acreditei que maior autenticidade é dada a um assunto quando dito por quem vivenciou a situação. Ou seja, ninguém melhor para falar de escravidão que um negro instruído à época do século XVII. Ninguém melhor para falar de Holocausto que um judeu consciente à época da ditadura alemã. Portanto, ninguém melhor para falar de homossexualidade que um homossexual dedicado à ciência ou a outras correntes elucidativas. O problema, no decorrer da história, é que os grandes cientistas homossexuais escondiam sua condição, não falando seus entendimentos e esclarecimentos a respeito. Não estou desmerecendo os cientistas e teóricos sinceros desprovidos de preconceitos, os quais, mesmo não sendo homossexuais, buscam verdadeiramente respostas para suas indagações. A esses eu endereço minha sincera gratidão e admiração. Muitos assim têm contribuído significativamente para a humanidade.

De uma coisa eu sei: ter consciência de ter nascido homossexual é o mesmo que ter consciência de ter nascido negro, amarelo ou qualquer outra diferença marcante. A criatura homoafetiva sabe, desde o princípio, que é diferente.

Faço distinção entre HOMOAFETIVO e “pessoas com problemas na área da sexualidade”. O primeiro já nasce assim. O segundo pode retomar sua condição por livre-arbítrio. O problema é que ninguém esclareceu isso até hoje. No livro “O preço de ser diferente” (Mônica de Castro, pelo espírito Leonel) isso fica claro, mostrando Romero como criatura homoafetiva e Júnior como um ser “com problemas na área da sexualidade”. O homoafetivo não tem problemas na área da sexualidade. Seus problemas são com a sociedade e com os preconceitos. O homoafetivo geralmente não tem problemas de aceitação, e sua única preocupação é encontrar alguém para viver em paz, em companheirismo, de preferência para o resto de sua vida. São em sua maioria monogâmicos e afetuosos, e seus corpos funcionam perfeitamente (tanto para homens como para mulheres). A diferença reside apenas no fato de que desenvolverão AFETO e libido por outra pessoa do mesmo sexo.

É aí que está o ponto da questão. As pessoas confundem, aliás, todo mundo confunde, essas duas categorias. Uma coisa são pessoas “com problemas na área da sexualidade”. Outra coisa são pessoas homoafetivas. Costuma-se, por preconceito e ignorância, associar as duas coisas, como se fossem uma. A homossexualidade faz parte do processo evolutivo, e é, inclusive, decidida entes do reencarne. Na condição de homossexual a pessoa passa a compreender uma série de coisas que antes não compreendia, e a valorizar aspectos da vida que precisavam ser desenvolvidos. Assim, por exemplo, um cafajeste bem masculino, poderá voltar na condição de homossexual para desenvolver o respeito pela monogamia, o respeito pelo outro, a valorização de uma vida a dois, pois encontrar alguém para viver em paz é muito mais difícil para um homossexual que para um heterossexual. Nessa condição de dificuldade de encontrar parceiro e reciprocidade de afeto, amargando solidão e carência afetiva durante sua adolescência e juventude, o ser antes cafajeste passará a valorizar sobremaneira os valores que lhe faltavam. Claro, isso é só uma das causas. Existem inúmeras. Há os que optam (e essa opção só existe antes do reencarne) para assim renascer apenas para “passar pela experiência”, assim como muitos optam por renascer negros na época da escravidão, visando aprendizado no processo evolutivo. São várias causas e eu ainda espero ter a oportunidade, futuramente, de escrever um livro-sinópse sobre as mais importantes.

Agora outra coisa, totalmente diferente, são pessoas em situação de distúrbios de ordem sexual. Esses podem ser tanto heteros quanto homossexuais. São pessoas nas quais os valores do sexo, e somente do sexo, predominam. Não desenvolvem afeto por ninguém, nem pelo mesmo sexo, nem pelo sexo oposto. E para a espiritualidade o que vale é o AMOR, pouco importando se esse amor existe entre iguais ou entre diferentes. Portanto, as pessoas “com problemas na sexualidade”, tanto heteros quanto homossexuais, tendem à promiscuidade, à afronta à sociedade, à desarmonia, ao desrespeito com o sentimento do outro, ao egoísmo, ao prazer pelo prazer. É preciso separar as coisas para melhor esclarecer e para melhor entendimento.

Grande Abraço,

Hélcio José

07 dezembro 2006

Homossexualismo - Dr. Ivan Hervé

Será um problema biológico ou psicológico? Será uma doença ou livre opção?
Na realidade, embora extensa literatura exista, defendendo os mais diferentes pontos de vista, não ha resposta satisfatória.
Assim, freudistas optam pela etiologia psicológica. Mas Simon LeVay, do Instituto Salk (EUA), defende a etiologia orgânica (hipotálamo).Outros buscam o gen gay.E assim por diante.
Atualmente, poucos acreditam na teoria da doença, mas as religiões, de um modo geral, citando seus livros sagrados, insistem em condenar o homossexualismo. Verdade é que, as de origem judaico-cristãs e islâmica, são as mais severas.
Entre as escolas espiritualistas,sempre tolerantes e procurando entende-lo, existem alguns estudos, inclusive psicografados, mas longe estão de conclusões definitivas.
Do ponto de vista histórico, não sabemos quando surgiu,mas desde que a escrita existe (3000 a 4000 anos A.C.),tem sido mencionado,geralmente combatido, mas,em muitas sociedades,tolerado ou até mesmo incentivado.Mas esteve e esta presente, desde então,em todas as civilizações conhecidas.
Sabido é que,na fase mais gloriosa da civilização grega, era abertamente praticado, aceito e até mesmo incentivado,em algumas cidades-estados,para fins de controle de natalidade.
Os maias não só aceitavam o homossexualismo entre adolescentes,como o incentivavam,para evitar contato com moças, as quais deveriam casar virgens.Entre homens adultos, conviviam bem com aqueles que permaneciam homossexuais.
Os astecas e incas repudiavam a homossexualidade.
Resumindo, podemos dizer que a homossexualidade esteve e esta presente em todas as civilizações conhecidas, com variável grau de aceitação.Provavelmente, o repudio maior ocorreu, e ainda ocorre, nas sociedades judaico-cristãs e islâmica Basta referir que os inquisidores a denominavam de “crime nefando” e seus praticantes eram condenados à morte.Até brasileiros foram atingidos,sendo de recordar que o homossexualismo estava presente nas tribos recém descobertas, como descreve Mário Maestri (Os senhores do litoral).
Mesmo entre os europeus,embora presente a Inquisição,existia,como o prova a acusação feita,pela Igreja,aos templários,os quais viveriam em “casais”.Alias, na Grécia Clássica,a guarda sagrada tebana,era formada de “casais”,lutando até a morte,na batalha de Queronéia.
As descrições existentes referem-se,habitualmente,ao homossexualismo masculino.Isso não quer dizer que o feminino não tenha existido.Sempre esteve presente, embora pouco referido.Basta dizer que o termo lesbianismo vem de Lesbos,ilha grega, séde da escola de Safo (sec. 6º AC.) poetisa ilustre,freqüentada só por mulheres,onde a pratica sexual era comum entre elas.É de referir que autores existem que afirmam que, na Grécia Clássica,o lesbianismo era freqüente, pois os homens pouco procuravam suas esposas.Quando o faziam era para procriar.
É de recordar que,métodos de contracepção,embora ineficientes,vem sendo tentados ha milênios.Portanto não é de estranhar que,em muitas sociedades,o coito anal fosse freqüente na pratica heterossexual.
A Historia demonstra que, no decorrer dos milênios, o sexo, como foi descrito, tem sido praticado de diversas maneiras, tornando constante a presença do homossexualismo, por exemplo.
A extensa literatura existente,destacando-se,no Brasil,as contribuições de André Luiz, Luiz Sérgio,Patrícia e Saraceni,demonstra que os desencarnados mantém seus hábitos e costumes,sendo atraídos para os grupos do mesmo teor vibratório, habitando cidade ou locais comandados por espíritos do mesmo nível,porem com espírito de liderança.
Verdade é que poderão objetar que Allan Kardec,em nenhum momento descreveu as cidades e ambientes espirituais como fazem os autores acima citados.
Kardec, ante as condições reinantes na sociedade da época, muitas vezes esboçou quadros que, lidos com atenção, correspondem aos que André Luiz e outros, mostram nos dias atuais.
No “O Livro dos Espíritos”,as respostas dadas às perguntas 800,801 e 802,demonstram que são necessárias muitas gerações para apagarem velhos hábitos.Isso significa que,nos períodos em que passou desencarnado,muitas vezes,o espírito não se modificou.Portanto,conviveu em locais que permitiram manter seus hábitos e costumes. Mesmo freqüentando ambientes melhores,não esqueceu que,na carne, pode retomar antigas vivências.
Até o surgimento da técnica do desdobramento espiritual,o mundo astral, era descrito por médiuns videntes,viajantes astrais e obras psicografadas.Isso desde os xamãs. No Brasil,a partir de Francisco Xavier,o mundo espiritual foi desvendado,embora parcialmente.
Com o desdobramento astral,permitindo amplo intercâmbio com o mundo dos espíritos,tornou-se possível compreender e tratar temas como o que agora abordamos, inclusive do ponto de vista histórico.
A Historia comprova que o homossexualismo é praticado ha milênios, sendo impossível saber quando e como iniciou, embora fácil supor como.
Como espírita e praticante do desdobramento espiritual, sabemos que o sexo é exercitado no mundo astral, existindo locais, como o “vale do prazer”, onde ele é à base de ação.Ambientes idênticos estão espalhados no Umbral e Treva.Alias, no sono, muitos encarnados os visitam, guardando, às vezes, recordações dos momentos ali vividos.
Na tradição hebraica,incubos e sucubos (espíritos masculinos e femininos), buscam manter relações sexuais com seres humanos adormecidos.
Até onde sabemos,os espíritos usam,preferencialmente,um dos sexos para evoluir.Isso não impede que,quando necessário,reencarnem no sexo oposto.
Mesmo reencarnando muitas vezes,a tendência dos espíritos é evoluir muito lentamente,conforme ensina Kardec (perg..800,no “O Livro dos Espíritos)”.Assim sendo, não é difícil entender que um homossexual,ao desencarnar,poderá juntar-se com outros,nos já mencionados núcleos.Ao reencarnar,embora possa mudar sua orientação,conforme vivência no espaço,manterá a mesma tendência sexual.A regra vale para homens e mulheres.
Do exposto é fácil concluir que, do ponto de vista teórico, a explicação do homossexualismo residiria na preferência sexual do espírito, adquirida através das reencarnações.É interessante notar que, freqüentemente, dizem eles que, desde a infância, sabiam ser “diferentes”.
Ainda cabe esclarecer que, no decorrer das reencarnações, esse habito será abandonado, pelo crescimento espiritual.Coincidentemente, somos procurados por alguns deles, desejosos de deixarem tal pratica.Resultado positivo tem sido alcançado.Outros ha que, mesmo buscando ajuda espiritual, declaram não desejar mudar sua preferência sexual.
Portanto,a teoria aqui exposta,parece lógica e satisfatória.Correspondera a realidade?
O emprego de técnicas de desdobramento,permitindo vasto intercâmbio com o mundo espiritual,demonstra a realidade da mesma.
Já atendemos quatro meninos, portadores de acentuada tendência feminina, confirmada por pais,professores,psicólogos e notada por colegas de aula.
O tratamento mostrou,em 3 casos,a existência de varias encarnações de homossexualidade,inclusive com historias complexas.Companheiros desencarnados atuando para manter essa opção e,em 1 caso,o menino,na encarnação anterior,fora mulher, tendo sido muito feliz e assim queria permanecer.
Não vamos aqui descrever as técnicas empregadas,pois muitas delas não seriam compreendidas,mas,após meses de tratamento,todos passaram a aceitar o sexo masculino,mudando radicalmente suas atitudes,conforme atestam aqueles que os trouxeram ao Grupo.Se essa atitude vai perdurar só o tempo vai demonstrar.
Quanto aos homossexuais masculinos atendidos,devem ser divididos em 3 grupos:
1- Vieram procurar ajuda espiritual,mas não para o homossexualismo.Foram atendidos e ajudados espiritualmente,quando possível, inclusive “casais”.
2- Queriam entender o problema.Após compreende-lo,perceberam serem responsáveis pelo próprio destino (livre-arbítrio).Nunca indagamos qual a solução adotada.
3- Desejo sincero de abandonar o homossexualismo.O tratamento alem do suporte psicológico, resultou na solução do problema, embora não seja possível dizer,se definitivamente.Estamos observando cinco casos.
Quanto ao homossexualismo feminino, relatamos dois casos, no livro “Espiritualismo”, ambos resolvidos satisfatoriamente,embora não saibamos se mantida foi a opção sexual.
A casuística acima descrita parece confirmar o quadro teórico por nós traçado.
Quanto à possibilidade, aventada por alguns pesquisadores, de que os homossexuais sejam portadores de áreas cerebrais especificas, lembramos aqui que o corpo astral, responsável direto pela formação do corpo físico nele expresso, às vezes, reproduz lesões adquiridas em vidas anteriores (marcas de nascimento e muitas outras), mas como não se trata de lesão, afastamos essa hipótese.
Não incluímos aqui os transexuais,porque nunca atendemos um deles.
A conclusão lógica, para os que são reencarnistas e espiritualistas, é de que os homossexuais são dignos de todo o respeito, não devem padecer qualquer restrição, pois devem realizar o seu resgate cármico como todos nós.No entanto, talvez em resposta ao ambiente hostil, muitos deles tendem a afrontar a sociedade.O respeito deve ser mutuo, tornando desnecessárias atitudes, por vezes grotescas, de um ou do outro lado.
Os casos infantis,já mencionados,bem como alguns adultos com evolução especial, devem ser atentamente acompanhados porque podem trazer preciosa colaboração para a compreensão definitiva do problema.
BIBLIOGRAFIA

1- Sex in History - Reay Tannahill
2- Os espíritos têm sexo? - Cicero Marcos Teixeira
3- O Livro dos Espíritos - Allan Kardec (perg, 800 e seguintes)
4- Espiritualismo - Ivan Hervé (Casuística)
5- No Mundo Maior - André Luiz (Cap.11)
6 – Vida e Sexo – Francisco Candido Xavier

Revisado e atualizado em 30.05.05 – Porto Alegre

Ivan Hervé