08 agosto 2014

Energia Sexual - Origem do masculino e do feminino

O Sexo tal qual vivenciamos agora, como seres humanos reencarnados, estruturou-se no decurso de incontáveis milhões de anos. Todos nós já tivemos inúmeras vivências que passamos tanto na dimensão física como na dimensão espiritual, isto vem ocorrendo desde que fomos projetados como fagulhas infinitesimais a jorrar da fonte Criadora. Todas as nossas aquisições, sem exceção, decorreram de inúmeras experiências adquiridas nas passagens pela vida material e pela vida extrafísica e estas inúmeras passagens ocasionaram, em cada um de nós, estímulos diversos determinando as características que hoje apresentamos.
Desde o átomo, onde o núcleo atrai os elétrons, até os seres de níveis mais elevados do universo, que trocam intensos fluxo de amor, a energia sexual pulsa como força geradora de união e progresso. É longo e infinito o caminho a ser percorrido na estrada do progresso.
A sede real do nosso sexo, não se acha, de forma alguma, no veículo físico, mas sim na profundidade espiritual, em sua estrutura complexa. Da mesma forma, a formação do sexo masculino e feminino provém de tempos imemoriais quando ainda éramos um simples princípio espiritual que se tornaria Espírito no escoar dos infinitos milhões de anos. O instinto sexual já se expressava quando os primeiros agrupamentos de mônadas celestes se reuniam magneticamente umas às outras; tais quais núcleos e elétrons se atraem no microcosmo e sóis e planetas interagem trocando energias no macrocosmo.
É sobejamente conhecido, de todo estudioso das questões espirituais, que a essência do espírito não tem sexo, mas no transcorrer de nossa longa jornada reencarnatória adquire-se peculiaridades individuais que hoje expressamos energeticamente através de uma polaridade, que pode ser mais ativa (masculina) ou mais receptiva (feminina) na esfera da sexualidade.
A polaridade masculina ou feminina presente em nós, tanto no corpo astral como na exteriorização biológica, construiu-se lentamente, desde as primeiras encarnações do princípio espiritual. Os princípios espirituais, desde o início do seu mergulho na dimensão física, traziam em sua constituição um “gênero” no teor de força, ou seja, uma condição intrínseca que se expressava em energias predominantemente ativas ou passivas. E, conforme estudamos na magnífica obra, Evolução em Dois Mundos, os Seres Coordenadores da evolução em nosso Planeta estimularam tais pendores ou tendências energéticas.  
A intensificação das tendências energéticas ativas e passivas favoreceu o futuro surgimento do masculino e feminino. O aparecimento do sexo, no veículo físico, iniciou-se nas bactérias e células primitivas nas quais já se observavam, em algumas delas, qualidades magnéticas positivas ou negativas, isto é, ativas ou receptivas. Essas tendências, segundo informações de autores extrafísicos, foram estimuladas pelos Orientadores Espirituais encarregados do progresso do planeta Terra. O surgimento do masculino e do feminino elaborou-se lenta e gradativamente, portanto, desde a origem do Espírito.  

Dr. Ricardo Di Bernardi
Médico homeopata                                

07 agosto 2014

Utilizando os nosso talentos

Cada ser humano que reencarna traz intrinsecamente capacidades pessoais de realizar algumas tarefas de forma mais fácil. A isso damos o nome de dom ou talento. Espiritualmente falando, são conquistas adquiridas pelo esforço próprio.
Temos o péssimo hábito de pensar no passado espiritual somente vendo erros, mas isso é equivocado. Também tivemos muitos acertos, sofremos muito para vencer tendências inferiores e conquistar qualidades que hoje estão conosco no dia a dia e parecem ser naturais da nossa personalidade, mas na verdade, após muito trabalho foram incorporadas à nossa maneira de ser.
A questão primordial é que ao reencarnarmos a utilização desses talentos é uma condição natural e esperada pela espiritualidade maior que conta com essas nossas características para o bom desempenho da nossa atual vivência. Quando abrimos mão de utilizar as características positivas que carregamos, abrimos brechas para que a nossa inferioridade fale mais alto.
Para evitar que isso aconteça devemos nos programar espiritualmente para exercer aquilo que já sabemos. Antes de mais nada é preciso ter orgulho de praticar atitudes positivas e espiritualizadas. Vivemos em um mundo de expiação e provas onde os chamados "vencedores" são na maioria das vezes pessoas aferradas ao materialismo com todo o cabedal de atitudes negativas que isso exige, como a mentira, o roubo, a hipocrisia, etc. Se formos nos preocupar com isso não chegaremos a lugar nenhum. Temos de conseguir sobrepujar essa barreira natural colocada pela sociedade, que cerceia as boas atitudes.
Jesus, nos seus derradeiros momentos de apostolado, rogou a Deus santificasse os discípulos que ficariam no plano carnal. Quando recorremos ao livro de João, no capítulo 17 observamos que o mestre não pede regalias e facilidades, mas suplica ao Pai que os santificasse na condição humana. E estende esse pedido a todos aqueles que acreditassem nas suas palavras e fossem seguir seus passos.
O cuidado do Rabi com seus seguidores era tanto que ele diz que santificava a si mesmo para que os seus discípulos fossem também santificados. Ou seja, ele não nos prometeu facilidades, e mais ainda, mostrou ele mesmo o caminho espiritual que devemos seguir, com trabalho, honestidade, humildade e amor.
No mundo atual onde templos suntuosos e busca incessante por dinheiro em nome de Deus estão na moda, não faz mal nenhum lembrar que os ensinamentos verdadeiros de Jesus não tem nada a ver com isso.
É tempo de exercer os nossos talentos, de utilizar aquilo que sabemos fazer de bom. Você tem o dom da escuta? Exercite o escutar amoroso. Você fala bem? Fale amorosamente com as pessoas. Assim por diante, cada um na sua característica e ritmo próprios.
Paz e luz!